As misteriosas Linhas de Nasca
Quando mochilei pelo Peru passei por uma cidade chamada Nasca, fica no sul do país e para te falar a verdade não tem muitas atrações por lá exceto pelas famosas Linhas de Nasca, desenhos questionastes e gigantes feitos no chão do deserto há muitos anos atrás.
As linhas no chão são imagens pré-históricas que formam diversos desenhos geométricos, alguns com formas que lembram aranhas, macacos, pássaros outras lembram seres humanos e objetos. Esses desenhos são tão grandes que somente podem ser vistos de cima, ou seja, sobrevoando a área, o que deixa a pergunta no ar, como que alguém há milhares de anos atrás, sem tecnologia alguma, conseguiu fazer desenhos como esse sem ao menos ter como ver há 300 metros de altura o que estavam desenhando? Há diversas teorias para essas obras da civilização nasca, uma delas é que eles tiveram a ajuda de alienígenas, já outros acreditam que eles eram suficientemente inteligentes para criar e até usar como calendário. Os desenhos estão intactos até hoje porque aquela região é bem seca e quase não chove, e hoje é uma área tombada pela Unesco e de proteção.
Como chegar a Nasca?
De ônibus é a forma mais fácil, eu fui desde a cidade de Arequipa com a empresa Oltursa, o ônibus era bem confortável e a passagem de ida custou certa de 70 Soles Peruanos. O percurso dura em média 14 horas. A chegada é meio que em um terreno baldio, um terminal rodoviário sem nada por perto, apenas as cabines das companhias de ônibus e um banheiro. Cheguei ali com uma puta de uma dor de barriga e fui obrigado a usar esse banheiro do terminal rodoviário.. e senhor, o que era aquilo? Prefiro nem comentar!
Como sobrevoar as Linhas de Nasca?
Tudo o que precisa fazer para sobrevoar as linhas de teco-teco é ir até o aeroporto da cidade. Você pode tomar um táxi até lá e se for dividir com mais alguém vai sair baratinho. O aeroporto é um pouco distante, quem nos levou foi um taxista chamado Carlos, bem simpático ele nos contou um pouco da história do lugar e nos ofereceu um city tour caso quiséssemos. Chegando ao aeroporto o nosso sonho de sobrevoar as linhas foi desaparecendo, tínhamos planejado gastar até U$100,00 no voo, porém em todas as agências ele passava dos U$120,00, então tivemos que deixar o sobrevoo de lado, naquela altura do campeonato não podíamos ficar gastando dinheiro atoa.
Conhecendo as Linhas de Nasca sem sobrevoá-las!
Existe uma alternativa para tudo nesse mundo e com as Linhas de Nasca não é diferente. Entramos em contato com o Carlos, ele voltou ao aeroporto e ele nos disse que tinha como conhecer as linhas sem realizar os voos, através dos mirantes que tem lá por perto. Negociamos com o Carlos esse passeio por 70,00 Soles Peruanos e ele nos levou praticamente em todos os lugares que pode, achei que foi muito mais proveitoso do que apenas realizar o sobrevoo.
O Carlos nos levou há dois mirantes para que pudéssemos ver as linhas, um era um mirante de ferro e o outro era um natural, uma montanha, e lá de cima conseguimos ver aqueles desenhos sensacionais. É realmente impressionante, como que alguém que viveu há milhares de anos atrás conseguiu fazer alguma coisa como essa? Bom, por um momento cheguei a acreditar que realmente poderia ter sido algum tipo de inteligência extraterrestre, mas ai eu poderia dizer que as Pirâmides no Egito também foram ou a Muralha da China ou quem sabe o Machu Picchu, enfim, é muita conspiração.
Ele também nos levou ao Museu da Reiche, uma alemã que saiu de seu país para estudar as linhas no Peru, ela ficou praticamente a toda sua vida as estudando até vir a falecer. Nesse museu ainda é possível encontrar a múmia de uma mulher da civilização nasca que viveu na época da criação desses desenhos, o interessante é que a múmia estava em um “bom” estado.
O Carlos ainda nos levou para conhecer a cidade dele, dando algumas dicas e explicando a história do local. Com toda certeza fazer um voo de teco-teco deve ser foda, mas eu acho que aproveitei muito mais pagando o valor do taxista e conhecendo diversos lugares incluindo as linhas, isso porque cada lugar que visitamos era distante um do outro, mais ou menos uns 15 a 20 minutos de carro, por isso que achei bom pelo valor barato.
Fica a minha dica então, se não puder fazer o sobrevoo em Nasca tente encontrar algum nativo que faça algum tipo de passeio, de preferência como este, garanto que é bem proveitoso!
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