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    O Parque Nacional da Terra do Fogo

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    O Parque Nacional da Terra do Fogo

    Nessas viagens todas eu visitei muitos lugares e um deles foi lá no fim do mundo, no rabicó da América do Sul, há alguns quilômetros de Ushuaia na Argentina, estou falando do Parque Nacional Tierra de Fuego, conhecido também como Parque Nacional da Terra do Fogo, um lugar para quem gosta de natureza exuberante e muitas trilhas.

    A Terra do Fogo e o Parque Nacional

    Todo aquele conjunto de ilhas do extremo sul da América do Sul forma hoje o que conhecemos como Terra do Fogo, apesar do nome no lugar faz frio pra caramba. O arquipélago é separado do continente pelo Estreito de Magalhães e tem uma área total de 73.753 km² divididos para Argentina e Chile. O nome Terra do Fogo vem desde muito tempo, quando navegadores avistaram pela primeira vez o lugar, se depararam com muitas fogueiras dos nativos que ali viviam, daí o nome.

    O Parque Nacional Terra do Fogo foi criado em 1960, está localizado no lado argentino do arquipélago e é considerado o parque mais austral do continente. Ele fica há 11 km de Ushuaia com mais de 60 mil hectares sendo que apenas 2 mil são de acesso ao público. Ele também ocupa 6 km do Canal de Beagle e acaba na fronteira com o Chile. O lugar é perfeito para quem curte natureza, paisagens diferentes e atividades outdoor, lá é possível praticar trekking, andar de caiaque dentre outros.

    Como chegar ao Parque Nacional da Terra do Fogo?

    A ida até o parque não tem muitos mistérios. É possível alugar um carro e seguir para lá, visto que o parque conta com toda uma infraestrutura com estradas e estacionamentos além de áreas para piquenique. Para isso basta seguir até o fim da Av Doctor Hipólito Yrioyen e lá você encontrará a entrada do parque. Há também a opção mais comum, ir de trasnfer. Esse transfer você pode contratar direto do seu hostel ou ir até a Av Maipú 604, onde há um estacionamento com várias vans que levam para diversos lugares da cidade. Esse transfer pode ficar em torno de AR$ 100,00. Elas levam você e te esperam no final da trilha.

    O que levar?

    Depende do que você for fazer. Baseando no que fiz (trekking) é aconselhável levar algo para comer e beber como doces, salgados, água e isotônico, uma quantidade para que não passe fome visto que o trekking lá leva o dia inteiro. Com relação a roupas é ideal ir com botas trekking impermeáveis, jaqueta de frio e calça comprida, além de levar também um bastão de caminhada para dar apoio. Leve também dinheiro, a entrada custa em torno de AR$ 80,00 para brasileiros.

    Trekking no Parque Nacional da Terra do Fogo

    Como disse, o parque é gigantesco e existem diversos percursos de trilhas por lá. Assim que você chega na portaria, após o pagamento da entrada, eles te dão um mapa com todas as trilhas do parque e você pode escolher qual fazer. A que fiz foi muito longa e foi um dos dias em que mais andei. Cheguei lá bem cedinho, por volta das 8 da manhã e só terminei o trekking as 18 da tarde. No parque existe uma pista principal para os carros e as trilhas para trekking se ramificam a partir dela.

    No dia que fui o tempo estava muito fechado, completamente nublado com chuva algumas vezes, mas isso não foi suficiente para deixar de fazer o passeio. Fiz esse trecho com 4 caras que conheci lá, 1 colombiano, 2 malteses e 1 americano. O meu percurso teve uma média de 20km e levou quase o dia inteiro. Ele partia da entrada do parque, dava uma volta enorme, subia um morro até chegarmos ao Pampa Alta, de lá descemos até a Bahia Enseada onde seguimos pela costa até o Rio Lapatia que era o final da trilha. Dentro do parque passa também o Trem do Fim do Mundo, um trenzinho tipo Maria Fumaça que anda dentro do parque, que além de caro para andar, ao meu ver pareceu bem chatinho. Todas as trilhas são muito bem sinalizadas, mas mesmo assim eu cheguei a me perder por um momento.

    Estar perdido na trilha com um bando de gringo que eu não entendia muito bem não foi motivo pra pânico. Eu andava e parava para tirar fotos, a paisagem é muito bonita, ao fundo era possível ver grandes montanhas com seus picos nevados, fora a vegetação que é de uma cor deslumbrante e também a fauna, lá existe diversas raposas vermelhas, que não me atacou, logo creio que já estão acostumadas com turistas. Após encontrar o caminho certo eu cheguei ao Pampa Alta, que é uma clareira bem grande que fica em cima de um morro e que foi bem chato de subir, pois as trilhas estavam bem molhadas. Essa clareira estava coberta de neve, boa parte dela derretida, o que virava um lamaçal. Lá de cima dava pra ter toda uma visão do Canal de Beagle. Ali tiramos muitas fotos e até nos arriscamos em uma guerrinha de bola de neve.

    Após muita diversão no Pampa Alta nós começamos a descer morro abaixo em uma trilha bem fechada e cheia de lama, tanta que os pés chegavam a afundar. Esse trecho terminava na estrada onde seguindo ela nós chegaríamos a Bahia Enseada. A Bahia Enseada é um daqueles lugares bem abertos com vista para o mar, praia de pedrinhas e uma brisa bem fria. Lá tem um lugar bem procurado por todos os viajantes, o Postal do Fim do Mundo. É tipo um correio, lá trabalha um senhorzinho que carimba o passaporte dos viajantes com o selo oficial do Parque Nacional da Terra do Fogo. Esse selo custa AR$ 10,00. O senhor por sinal é muito simpático, conversamos vários minutos e no fim ele nos deu mini garrafas de whisky.

    Dali a trilha seguia por toda costa do Canal de Beagle, onde podíamos apreciar a vista com o efeito do mar e ao fundo grandes montanhas nevadas. Esse trecho é mais plano e menos cansativo, mas parávamos várias vezes para apreciar o lugar e fazer algum lanche. Mais alguns quilômetros de caminhada é já era possível avistar o Rio Lapatia e o complexo de turistas que tem ao fim, onde há restaurantes, banheiros e onde as vans de quem vai por transfer ficam esperando o pessoal. Posso dizer que voltei muito cansado mas com sensação de dever cumprido pois conhecer esse parque lindo vale todo os esforço.

    O parque é simplesmente sensacional, e apesar da trilha gigante que fiz nele eu não conheci nem metade do que ele pode oferecer. Aconselho a reservar dois dias para fazer dois caminhos diferentes, me disseram que há uma caverna de gelo perto das montanhas que é sensacional, mas eu nem pude conhecer. Então aqui fica a minha dica!

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    Olá! Meu nome é Leonardo, tenho 33 anos, sou de Brasília - DF, mas moro na Europa há mais de 8 anos. O desejo de viajar somou com uma frustração que aconteceu e me fez sair do Brasil. Eu amo viajar, conhecer lugares, pessoas e culturas, tanto que resolvi criar o blog Tô Longe de Casa para poder compartilhar com as pessoas todas essas minhas experiências pelo mundo.

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