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    Conheça Ushuaia: O Fim do Mundo

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    Conheça Ushuaia: O Fim do Mundo

    Minha última parada na Patagônia Argentina foi em Ushuaia, a cidade mais austral do mundo considerada por muitos como “Fim do Mundo” e eu comprovei isso na pele, realmente, demorei para chegar lá.

    Sobre Ushuaia

    A cidade de Ushuaia é considerado por muitos a cidade mais ao sul do mundo, mas disputa o título com Porto Williams no Chile. Está localizado nas margens do Canal de Beagle, na ponta sul da Ilha da Terra do Fogo. O nome de Ushuaia vem da língua dos yámanas ou índios yaghanes, seus habitantes originais, e significa “baía que penetra no oeste”.

    A cidade foi fundada em 12 de outubro de 1884, quando uma expedição argentina chegou até lá, porém erca de 300 missionários anglicanos da Sociedade Missionária Sul-Americana já preenchiam a área. Eles construíram as primeiras casas e cuidaram da evangelização dos nativos. O local sofreu um súbito crescimento da população desde a década de 70, graças a um regime especial de promoção industrial.

    Hoje, Ushuaia é uma cidade turística com aeroporto internacional e todos os serviços necessários. É também um porto de cruzeiros e o porto de águas profundas mais próximo da Antártica. Ushuaia é um lugar paradisíaco. É o fim do mundo, e isso é o suficiente para dizer.

    Como chegar em Ushuaia?

    Existem várias maneiras de chegar no fim do mundo e a mais prática é claro de avião, porém os voos podem sair um pouco caro. outra alternativa é ir de ônibus. Existem linhas que ligam as principais cidades da Patagônia, como El Calafate por exemplo e até mesmo Buenos Aires. Quando fui comprei meu ticket de El Calafate para Ushuaia pelo site Plataforma 10 por AR$628,00, algo que na época (2013) saiu por R$219,00.

    A viagem é super longa, faz paradas em Río Gallegos e Río Grande além também de atravessar o Estreito de Magalhães, nesse meio tempo viajando eu descobri porque chamam o lugar de Fim do Mundo, pois você roda, roda e roda e nunca chega. Enfim depois de mais de 17 horas de ônibus eu cheguei a Ushuaia.

    Visitando a cidade de Ushuaia

    A cidade é bem jeitosinha e com muitas coisas pra se fazer, dentre as principais se destacam os trekkings e navegações. Cheguei a noite lá, a temperatura estava muito baixa. A cidade não tem um terminal de ônibus, então os que chegam vão parando no estacionamento perto do porto. Não tinha reservado albergue, mas tinha visto o Antarctica Hostel, tentei a sorte indo sem reserva e consegui, acabei ficando lá e pagando AR$100,00 (R$33,00) na diária. No hostel mesmo você pode fechar a maioria dos passeios mas eu queria primeiro conhecer a cidade e pra isso não paga.

    A temperatura na cidade é bem fria, pois fui em Abril. Durante o dia o frio é bem suportável até porque você caminha muito e seu corpo esquenta, mas luvas e gorro são indispensáveis. Já a noite a história é outra, um frio da porr@. Conforme você anda pelas ruas é comum ver muitos cachorros, uns muito bonitos e bem tratados porém todos de ruas, o legal disso é que eles te seguem e fazem companhia. Vi um Husky Siberiano e um Labrador Chocolate lindos, até um vira-latinhas amarelo me acompanhou no meu dia de turismo pela cidade.

    Ushuaia é relativamente pequena, tem várias ladeiras, umas super inclinadas o que deixa a gente até com um certo cansaço de tanto andar. A Avenida San Martín é uma das maiores lá e é onde se concentra boa parte de lojas de souvenir e restaurantes com a iguaria mais comida lá, a Centolla ou o famoso Caranguejo Gigante, que inclusive eu já escrevi aqui no blog.

    Já na Avenida Maipu é a que tem a vista para o Canal de Beagle e é lá que se concentra as pousadas e hotéis e até um cassino para os fanáticos por jogos. É de frente para a Maipu que estão algumas praças da cidade, dentre elas a Plaza Isla Malvinas e ao seu lado o Memorial Malvinas que conta uma parte da Guerra das ilhas que foi (e ainda é) disputada entre Argentina e Inglaterra. Nessa praça existem fotos narrando os fatos, do ponto de vista argentino, claro. Há também um muro com o nome de algumas pessoas que participaram da guerra e um fogo simbólico. Vale ressaltar que os argentinos são fanáticos por essas ilhas e a maioria das pichações nos muros são em prol das Malvinas.

    Perto dali há um calçadão que leva até a Bahía Encerrada, uma parte do Canal do Beagle que foi fechada formando um grande lago. O interessante ali é que a água é bem parada e se você der a volta no lago até o outro lado vai conseguir ver o reflexo dos prédio e montanhas na água, é um efeito muito bonito porém descobri lá um cano que despeja esgoto na água, e fede um pouco.

    Do lado da Bahía Encerrada há um calçadão que segue por toda a orla do Canal de Beagle, caminhando por ela é possível ver um barco naufragado, o navio Saint Christopher. Ele foi um tipo de barco reboque lançado ao mar em 1943 mas que foi usado na 2ª Guerra Mundial, inclusive no Dia D e possuía 2 metralhadoras para abater aviões. Após a guerra o navio foi leiloado para o argentino Leopoldo Simoncini e parou de funcionar em 1954, fazendo parte agora da paisagem de Ushuaia.

    Mais adiante, passando pelo Porto de Ushuaia está a placa mais famosa de todo o mundo, a famosa “Ushuaia – Fin del Mundo” e não vale ir até e não tirar uma foto, aliás o local é bem cobiçado por fotos. Tem um lugar lá que eu não fui e me arrependi, era o antigo presidio da cidade e que agora é o Museu do Fim do Mundo, onde está preservado as raízes históricas da Terra do Fogo exibidos em vitrines distribuídas em 5 salas. Ouvi diversos boatos de gente que gostou e gente que não gostou, mas isso não se discuti, afinal é pessoal gostar ou não de uma atração.

    Minha passagem por Ushuaia foi até que longa, 4 dias. Aqui eu decidi mostrar um pouquinho da cidade, mas é claro que tem muito mais para se fazer ao redor, como visitar o Parque Nacional da Terra do Fogo ou Navegar no Canal de Beagle. Esses e outros passeio você pode conferir clicando nos links.

    Eai, o que achou de Ushuaia?

    POST ATUALIZADO EM 22/11/2019

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    Olá! Meu nome é Leonardo, tenho 33 anos, sou de Brasília - DF, mas moro na Europa há mais de 8 anos. O desejo de viajar somou com uma frustração que aconteceu e me fez sair do Brasil. Eu amo viajar, conhecer lugares, pessoas e culturas, tanto que resolvi criar o blog Tô Longe de Casa para poder compartilhar com as pessoas todas essas minhas experiências pelo mundo.

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